Se os Reverendos Párocos me permitirem gostaria de, entre as inúmeras tarefas evangelizadoras que realizam, acrescentar mais uma: Insistir na reza do Terço diário. Nós, os católicos modernos, já afogados pelos compromissos, não encontramos mais tempo para rezar. E tudo é desculpa para cabular este santo hábito. Mas a força do padre sempre é uma alavanca. A interferência dos sacerdotes possui uma influência insuperável. Muitos paroquianos não rezarão o terço nem a chicotadas. Outros elogiosamente desfiam os cinco mistérios diariamente. Mas existe um batalhão de cristãos, meia boca, tanto faz como fez, acomodados que precisam de um empurrão. ef47
Há muitas versões sobre a origem do Santo Rosário, cujo termo significa COROA DE ROSAS. Talvez teria sido introduzido por São Bento, lá pelo ano 500, para auxiliar os monges pouco letrados que tinham dificuldade de soletrar os 150 Salmos. Foi-lhes então aconselhado recitar 150 Pai-Nossos, utilizando um cordão formado por 150 grãos. Pelo ano 1.200 os frades dominicanos acrescentaram as Ave-Marias. Em 1.569, o Papa Pio V fixou a fórmula atual, que estaria relacionada à vitória de Lepanto, quando a esquadra cristã derrotou a esquadra islâmica, que ameaçava dominar a Europa e transformar a Basílica de São Pedro numa mesquita de Maomé. Falam que a confecção dos Mistérios deve-se a São Luís Maria Grignon de Monfort.
É oportuno ouvirmos a palavra dos Santos Padres: “Seja a reza cotidiana do Rosário poderosa arma para destruir os erros monstruosos que por toda a parte se levantam” – Pio IX. “Arma poderosíssima para pôr em fuga os demônios” – Pio XI. “Depois da Missa e do Breviário para os eclesiásticos, e dos Sacramentos para os leigos, o Rosário, como exercício de devoção cristã, ocupa o primeiro lugar” – João XXIII. “O Rosário nas famílias é a ajuda eficaz para conter os efeitos devastadores da crise da nossa época” – João Paulo II. Este último Papa inseriu os Mistérios Luminosos, denominando o Rosário ‘compêndio do Evangelho’.
Certa vez, um evangélico criticou um católico, dizendo que enquanto eles rezavam o Terço, os evangélicos liam a Bíblia. Ora, desde quando as Sagradas Escrituras são propriedade dos irmãos evangélicos? Só porque Lutero traduziu a Bíblia do latim para o alemão? Todavia, a bem da verdade, tem-se a impressão que os protestantes dão mais valor à Bíblia do que os católicos. É que eles só têm a Bíblia e não têm a Missa!
Maio é o mês dedicado à Virgem Maria. Momento exato para os sacerdotes junto aos seus paroquianos insistirem no hábito do Terço diário nas famílias. Convoquem os Movimentos, o Cursilho, o Apostolado, a Legião, o Schoenstat, os Carismáticos para, onde ainda não funciona, criar o costume do Terço. Talvez, à noite, quando a família está reunida, reservar meia hora para a Virgem Maria. Menores acabarão dormindo. Até os Apóstolos dormiram no Horto das Oliveiras. Duvido que a Mãe de Deus, invocada 50 vezes ao dia, 1.500 vezes ao mês, abandone seus filhos “agora e na hora da nossa morte”. Comunico aos Reverendos que ainda possuo, gratuitamente, alguns exemplares do “Santo Rosário” para os seus paroquianos que ainda não decoraram os Mistérios. Penso ser útil, pois o livro foi fundamentado em literatura ‘nihil obstat’.